01/11/2010

Ano 2010 - Para Blog da Dilma, Paulistas são "Bestas"


O Blog da Dilma, que se intitula “o maior portal de Dilma na Internet”, postou ontem o seguinte título para atacar Serra: “Zé Pedágio pensa que os nordestinos são bestas como os paulistas”. Quando percebeu a mancada, tirou o troço do ar. Mas, na Internet, sempre é tarde demais.

Esse é aquele mesmo blog que fez um ataque boçal a Marina Silva, chamando-a de “traidora” e afirmando que Dilma queria dar comida ao povo, enquanto a candidata verde só prometia oxigênio…

Por Reinaldo Azevedo

31/10/2010

Ano 2009 - Ex-ministro Palocci é indiciado por quatro crimes


O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda) saiu indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, formação de quadrilha e peculato (corrupção) do depoimento para a Polícia Civil. Ele foi ouvido na quinta-feira (27) na Corregedoria da Polícia Civil, em Brasília, sobre o suposto esquema de corrupção envolvendo as empresas de varrição contratadas em Ribeirão Preto (SP) quando era prefeito da cidade.

O depoimento, que começou de manhã, foi acompanhado pelo promotor Daniel de Angelis. O delegado de Ribeirão Preto, Benedito Valencise, que preside o inquérito, não pôde comparecer ao depoimento, mas enviou uma carta precatória com as perguntas que deveriam ser feitas ao ex-ministro.

Palocci não foi ouvido anteriormente nas investigações da Polícia Civil porque tinha foro privilegiado devido ao status de ministro. Ele perdeu o privilégio ao pedir afastamento do cargo após envolvimento com o escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O ex-ministro já foi indiciado na Polícia Federal, acusado de ordenar a quebra do sigilo bancário de Francenildo, que acusou Palocci de freqüentar uma casa em Brasília usada para encontro de lobistas e festas com garotas de programa.

A Polícia Civil pretende indiciar outros suspeitos de envolvimento no esquema. O número de indiciados no inquérito deve chegar a "oito ou dez", segundo Valencise.

A única indiciada, até o momento, foi a engenheira Luciana Muscelli Alecrim, ex-diretora técnica do Daerp (Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto).

Segundo as investigações, Palocci  e os demais suspeitos teriam desviado recursos públicos para repassar à empresa de varrição Leão Leão e ao PT, o que configuraria crime de peculato.

30/10/2010

Ano 2010 - Lula e Dilma são vaiados durante carreata em Belo Horizonte

 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, ao ser vaiado durante uma carreata em Belo Horizonte (MG), que ricos sentem "preconceito" e "medo" diante da possibilidade de a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, sair vitoriosa das urnas no próximo dia 31.

"Sabe, Dilma, aquelas pessoas ricas foram as que mais ganharam dinheiro no meu governo, mas não conseguiram superar o preconceito", respondeu o presidente, diante dos acenos. "Agora, é o preconceito e o medo de uma mulher ganhar as eleições e fazer mais do que eles."

Dilma e Lula percorreram bairros da zona sul e da região central de Belo Horizonte em um carro aberto.  Antes da carreata, Lula fez corpo a corpo e posou para fotos com a militância na Praça do Papa de um lado e Dilma do outro.


27/10/2010

MST financiado pelo PT: organização criminosa


Por José Roberto Guzzo

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, fez na semana passada o que se esperava há muito tempo que uma autoridade de primeira linha fizesse: deu um aviso claro de que o governo se colocou diretamente fora da lei ao aceitar, proteger e financiar com dinheiro público o MST e o consórcio de organizações-laranja que tem ao redor de si. É simples. A maioria desses grupos comete, à plena luz do dia e de maneira sistemática, crimes previstos no Código Penal, delitos contra a ordem tributária e uma extensa lista de ações que ofendem a administração do Estado brasileiro, a ordem pública e os direitos básicos dos cidadãos. Vivem, em suma, como se a Constituição e o restante das leis não se aplicassem a seus integrantes. Trata-se de organizações que operam de maneira ilícita, resumiu o ministro Mendes; e, se o governo lhes dá verbas tiradas do Erário, está tendo uma conduta igualmente ilícita. Já não é mais, apenas, um caso de abandono do seu dever fundamental de impor o cumprimento da lei. Trata-se, aí, de cumplicidade.

O presidente do STF não é um promotor de Justiça nem autoridade policial; é o principal magistrado do Brasil. Em condições normais de temperatura e pressão, ele e todos os seus colegas do Supremo só deveriam falar no momento de dar as sentenças relativas aos casos que chegam ao seu julgamento. Não têm de se manifestar nem antes nem depois disso. Não têm de fazer comentários públicos sobre o comportamento do Executivo ou do Legislativo. Não têm, no fundo, de falar nada fora dos autos. Mas essas condições já deixaram de ser normais há muito tempo. Na verdade, no caso do MST, o que o governo construiu ao longo dos últimos anos, em todos os seus níveis, foi uma aberração legal tão patente, completa e agressiva que chamar a atenção sobre ela tornou-se um direito, talvez um dever, do STF. É muito ruim, realmente, que se tenha chegado a isso. Mas certamente é pior que nenhuma autoridade pública de peso tenha a coragem ou a mera sensatez de declarar à população que é errado conformar-se com a liberdade de ação, do Oiapoque ao Chuí, de organizações que praticam atividades criminosas de maneira permanente e declaram que vão continuar praticando, cada vez mais.

A tolerância, na política e em muitas outras coisas, é geralmente uma virtude. Mas a tolerância com o crime não é, sobretudo por parte de quem é pago para combatê-lo; aí já é trocar de lado e associar-se aos criminosos. Não está se falando aqui de pequenas contravenções ou de ações que possam ser justificadas como "políticas". O feito mais recente no prontuário do MST foi o assassinato de quatro seguranças particulares de uma fazenda no interior de Pernambuco. Os homicídios vieram se somar a mais uma série de invasões praticadas em São Paulo por um líder dissidente, com o único e declarado propósito de fazer um "Carnaval Vermelho". Há anos os militantes do MST e das organizações-satélite que mantém sob o seu comando cometem os delitos de roubo, furto, cárcere privado, lesões corporais, desvio de verbas, desacato a ordens judiciais, invasão de propriedade, sonegação fiscal, estelionato, além, é claro, de repetidos homicídios, bloqueio de estradas ou de pedágios, depredação de repartições do governo e permanente vadiagem. Em troca dessas realizações, o condomínio de grupos envolvidos na "luta pela reforma agrária", boa parte deles a serviço do MST, recebeu do governo federal, em 2008, um total de 220 milhões de reais em verbas públicas.

O destino de todo esse dinheiro, naturalmente, é um completo mistério. O Tribunal de Contas da União, cada vez que examina a contabilidade dos movimentos de trabalhadores rurais, aponta todo tipo de coisa errada. Nada se compara, aí, ao MST propriamente dito. Tecnicamente, como se sabe, o MST não existe - não está inscrito em nenhum registro público e, como tal, não tem um número no CNPJ, como a mais modesta fábrica de rapadura é obrigada a ter. Isso torna perfeitamente ilegal toda a transação em dinheiro que se faz ali dentro; o MST, na verdade, é um caixa dois em tempo integral, situação que nunca despertou o mais remoto interesse por parte da Receita Federal ou de secretarias da Fazenda. Sabe-se muito bem por que, é claro. Com o MST é proibido mexer - seja porque fazem parte do atual governo autoridades claramente aliadas ao movimento, seja porque há uma geral covardia para enfrentá-lo. É um caso em que o medo venceu a lei.

A reação do governo à fala do ministro Gilmar foi a de sempre. Deu o episódio por "encerrado".

26/10/2010

Ano 2010 - Lula é amigo dos agressores de José Serra

Quando alguém chama Lula de “chefe de facção” ou diz que ele se comporta como tal, a coisa corre o risco de se perder numa abstração. Os fanáticos logo consideram que se trata de uma grave ofensa e tal. Pois bem. Vejam esta foto, recentíssima, já que este é o Lula de agora:


Viram?
Este rapaz que está à direita é o petista Sandro Mata-Mosquito, candidato derrotado a deputado federal. Não se sabe o nome do sujeito à esquerda, amigo do presidente o bastante para lhe botar a mão do peito.

Agora vejam estas outras fotos — foram publicadas primeiro no Blog do Lúcio Neto.





São os ilustres companheiros de Lula na manifestação de Campo Grande, no Rio, que resultou na agressão ao candidato tucano à Presidência, José Serra.

O PT tentou fazer de conta que não tinha nada a ver com aquela confusão. Chegaram mesmo a acusar os tucanos de terem iniciado o confronto. Em Curitiba, alguém jogou do alto de um prédio um balão com água no carro que conduzia Dilma. Ela se apressou em chamar o ato de “agressão” e afirmou, generosa!, que não acusaria o PSDB. Bem, nem poderia, não é? Que evidência ela tinha?

No caso da baixaria de Campo Grande, no Rio, as digitais dianteiras e traseiras do PT estavam dadas. A foto, agora, é só um emblema de um momento da política brasileira. Vemos Lula tirando uma foto com membros da tropa de assalto petista, que repete os métodos de certo partido alemão da década de 30… Quem, nesse meio, não gosta de tirar uma foto com o “condutor”, o “líder”, que se diz “Führer”, “condottiere” em italiano e “espancador da democracia” em qualquer língua?

25/10/2010

Ano 2010 - Estelionato do tesoureiro do PT


Por Laura Diniz.

O tesoureiro do PT, João Vaccati Neto, é denunciado à Justiça por enganar 3495 famílias na fraude da Bancoop

Parece ser a sina dos tesoureiros do PT. Desta vez, é João Vaccari neto, o atual guardião do Partido dos Trabalhadores, quem está prestes a se sentar no banco dos réus. Na semana passada, ele foi denunciado à Justiça por formação de quadrilha, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro. Os crimes referem-se ao golpe que, segundo o Ministério público (MP), ele aplicou juntamente com outros dirigentes do Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. Desde a sua fundação, em 1996, a Bancoop é dirigida por sindicalistas ligados ao PT. De 2004 a 2010, ela foi presidida por Vaccari. O trambique comandado pelo tesoureiro petista funcionava da seguinte maneira: a Bancoop lançava empreendimentos imobiliários a preços muito baixos. Com isso, atraía milhares de cooperados — pessoas que se cotizavam para financiar a construção de imóveis por meio da entidade. Só que, em vez de aplicar o dinheiro para erguer apartamentos, a Bancoop de Vaccari desviava parte dos valores para contas bancárias de seus diretores e para o caixa (dois, é claro) de campanhas eleitorais do PT. O desfalque chegou a 100 milhões de reais, entre 2001 e 2008, segundo o MP. Vaccari foi formalmente acusado de ter cometido estelionato contra 1133 famílias. São epssoas que pagaram mensalidades à Bancoop, muitas vezes com sacrifício e ao longo de anos, e que agora não têm onde morar. Outras 2362 vítimas conseguiram receber seus apartamentos, mas para isso tiveram de gastar muito mais do que havia sido combinado inicialmente. Como eram cooperados, tiveram de cobrir o rombo financeiro provocado por Vaccari e sua turma — se não fizessem isso, seus prédios não ficariam prontos. Ao todo, é como se o tesoureiro do PT tivesse passado a perna em uma pessoa por dia, ao longo de oito anos.

Ano 2006 - Ângela Guadagnin e a dança da pizza


A deputada Ângela Guadagnin precisou de uma única apresentação de 29 segundos para eternizar-se no posto de Musa do Mensalão. Em 23 de março de 2006, excitada com a votação que afastou da guilhotina o mandato do colega mineiro João Magno, a parlamentar do PT paulista improvisou a Dança da Pizza ─ e começou a sair do Congresso para entrar na história nacional da infâmia.

“Naquele momento, manifestei um sentimento de alegria de uma pessoa que conhece a trajetória de João Magno, não só o compromisso e seriedade que ele tem com a coisa pública, mas também seu mandato como prefeito da cidade de Ipatinga e o mandato dele em defesa da população”, tentou justificar-se a deputada horas depois da performance obscena. ”De jeito nenhum quis agredir ninguém, tripudiar com o cidadão ou comemorar a impunidade, como algumas pessoas disseram”.

A explicação foi tão convincente quanto o rebolado. Envolvido no grande escândalo até o pescoço, o próprio Magno admitiu ter embolsado mais de R$ 400 mil para jogar no time de corruptos escalado por Delúbio Soares e patrocinado por Marcos Valério. Na sessão abrilhantada pelo numerito de Ângela Guadagnin, 207 parlamentares aprovaram a cassação do mandato. Faltaram 50 votos para que o castigo se consumasse.

A dançarina não escapou da punição: em outubro de 2006, não conseguiu reeleger-se. Hoje, a ex-prefeita de São José dos Campos é só vereadora. Em contrapartida, tornou-se para sempre a Musa do Mensalão.

24/10/2010

Ano 2003 - Torta na cara de Genoino

Deu bolo. Como protesto pela ida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Davos (Suíça), uma manifestante de um movimento que se autodenomina Confeiteiros sem Fronteiras jogou uma torta de morango com chantilly no rosto do presidente nacional do PT, José Genoino.

A manifestante estava acompanhada de dois jovens, um deles com uma câmera digital para registrar a ação. Quando Genoino respondia sobre a forma como o PT quer interferir no debate internacional, ela abaixou-se e tirou a torta de uma bolsa. Rapidamente, levantou-se e foi em direção a Genoino, que estava de terno, sentado. Lançou a torta no rosto do petista e disse: "Lula não representa a gente em Davos. As pessoas das ONGs, nas ruas, representam".

"Calma, pessoal", foi a reação imediata de Genoino, com a face inteiramente coberta pelo chantilly. A jovem, de óculos e cabelos curtos, aparentando entre 25 e 30 anos e portadora de uma credencial de "imprensa alternativa", desceu correndo quatro andares pela escada e tomou um táxi na porta do hotel, recusando-se a se identificar para os jornalistas.

Havia 37 pessoas na sala do quarto andar do Hotel Sheraton, em Porto Alegre. A manifestante estava sentada na segunda fila de cadeiras, a cerca de três metros da mesa em que estavam Genoino e os secretários municipais de Porto Alegre Gerson Almeida (Governo) e Adeli Sell (Produção Industrial e Comércio).

O presidente do PT havia acabado de participar de debate no estádio do Gigantinho, onde acompanhou por meio de telões o discurso de Lula no Fórum Econômico Mundial. Convocou a entrevista coletiva para comentar a proposta levada pelo petista a Davos. Havia falado por cerca de 30 minutos. Às 13h40, recebeu a torta de morango no rosto.

Na sala, antes da fuga, os manifestante deixaram uma nota: "Repudiamos a confusão promovida pelo Partido dos Trabalhadores, que quer fazer crer que o nosso movimento, o movimento dos movimentos, pode ser representado ou encarnado em algum tipo de governo. Nós, confeiteiros, viemos a público dizer que a onda que levou à eleição do PT não é, de forma nenhuma, a mesma da ascensão do movimento contra a globalização capitalista".

O texto se refere à afirmação de Lula de que levaria a mensagem de Porto Alegre a Davos. "Nosso movimento não tem líderes ou representantes. Ninguém pode falar em nosso nome. Se alguém em Davos "representa" o movimento, somos sós mesmos, os milhares que ocupamos as ruas de Genebra em protesto contra a reunião de banqueiros, empresários e governantes, que o PT legitimou."

A nota critica o partido e afirma que Genoino foi saudado "no espírito de Larry, Curly e Moe", personagens da série de televisão norte-americana "Os Três Patetas", criada há 75 anos.

"A esperança de mudança que trazemos não pode uma vez mais ser cooptada e frustrada por políticos e partidos políticos que querem se promover às nossas custas. Desta vez, vamos fazer as coisas de maneira diferente. "Que se vayan todos!" Um mundo sem líderes é possível", conclui a nota.

A frase em espanhol, que quer dizer algo como "que partam todos", foi o lema das manifestações públicas na crise política argentina de 2001 e 2002.

Após tirar o paletó e ter limpado o rosto, com a ajuda da mulher, Rioco Kayano, Genoino prosseguiu a entrevista.

Fonte: Folha de S.P.

23/10/2010

Ano 2005 - Dólar na cueca


Ao longo de quase dois meses seguidos de crise, o PT já foi acusado de pagar propina a parlamentares, promover tráfico de influência e partidarizar a máquina do governo federal. Na sexta-feira passada, a legenda viu-se envolvida em um novo – e talvez o mais enfático – episódio entre os tantos que vieram à tona nas últimas semanas. José Adalberto Vieira da Silva, que tentava embarcar em um vôo de São Paulo para Fortaleza, foi preso carregando 100.000 dólares e 200.000 reais em espécie. Detido em flagrante por agentes da Polícia Federal e levado para a delegacia do aeroporto, Vieira da Silva disse que era agricultor e que o dinheiro era fruto da venda de legumes efetuada na Ceagesp, central de abastecimento de frutas e hortaliças em São Paulo. Na verdade, Vieira da Silva é muito mais que isso. Secretário de organização do Diretório Estadual do PT no Ceará, ele também foi candidato a vereador pelo partido em 2000, na cidade de Aracati, e trabalha como assessor do deputado estadual José Nobre Guimarães (PT-CE). Líder da bancada do PT na Assembléia Legislativa do Ceará, Guimarães é irmão de José Genoíno, presidente nacional do PT. No site oficial do PT no Ceará, uma biografia de Guimarães o aponta como coordenador da campanha presidencial de 2002 no estado, "por orientação de Lula".

Vieira da Silva, de 39 anos, foi preso no fim da manhã de sexta-feira, quando embarcava para Fortaleza. A Polícia Federal detectou a presença de uma grande quantidade de dinheiro em espécie na valise de mão que o assessor submeteu ao raio X. Os policiais perguntaram ao secretário de organização do PT cearense quanto ele carregava. Vieira da Silva disse que eram 80.000 reais. Na contagem, porém, os agentes descobriram que a mala escondia 200.000 reais. Perguntaram, então, ao petista se ele carregava mais dinheiro no corpo. Mesmo diante da negativa, os agentes o revistaram. Descobriram mais de 100.000 dólares ocultos sob sua cueca, embrulhados em sacos plásticos. Vieira da Silva ainda levava consigo uma agenda e atas de reuniões do PT. O assessor é filiado ao partido há pelo menos quinze anos e, há três, trabalha com o deputado Guimarães. O parlamentar disse não ter a menor idéia do motivo pelo qual um funcionário que ganha cerca de 2.000 reais mensais carregava uma quantia 220 vezes maior. "Nem sabia que ele estava em São Paulo. Não sei o que ele veio fazer aqui", disse (impressionante como esses petistas nunca sabem de nada). Coincidentemente, o deputado cearense estava também em São Paulo, participando de uma reunião do PT. É um caso raro de chefe que não sabe o que o subordinado faz e nem onde ele se encontra – ainda que os dois se encontrem na mesma cidade.

Esta, definitivamente, não foi uma boa semana para o PT. Também na sexta-feira, o jornal O Globo publicou uma denúncia envolvendo o tesoureiro afastado do partido, Delúbio Soares, e malas de dólares. Wendell Resende de Oliveira, ex-motorista da deputada federal Neyde Aparecida (PT-GO), contou em entrevista que, no auge da campanha eleitoral do ano passado, viajou de Goiânia para São Paulo, a mando da deputada, para buscar 200.000 dólares. Segundo o motorista, a bolada foi apanhada no Diretório Nacional do PT, com a secretária do então tesoureiro Delúbio Soares, e colocada em uma bolsa. Teria servido para custear campanhas de políticos aliados. Dólares em malas, dólares na cueca. É, a vida anda fácil para o PT. 

22/10/2010

Ano 2006 - Palocci e o Caseiro Francenildo


O Escândalo da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo foi um escândalo que se deu na crise do Mensalão, no governo brasileiro do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2005/2006.

Em 27 de março de 2006, Antonio Palocci foi demitido pelo presidente Lula do cargo de Ministro da Fazenda. Sua situação ficou insustentável a partir da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, testemunha de acusação contra Palocci no caso da casa do lobby ou República de Ribeirão Preto, na CPI dos Bingos.Francenildo divulgou ter visto o então ministro frequentando a mansão para reuniões de lobistas acusados de interferir em negócios de seu interesse no governo Lula, para partilhar dinheiro e abrigar festas animadas por garotas de programa. Seu depoimento na CPI foi silenciado por uma liminar expedida pelo STF, a pedido do senador Tião Viana (PT-AC).

Após uma semana de acusações da oposição, adiamento de depoimentos e com a pressão da imprensa e da opinião pública, Lula pediu o afastamento do seu mais importante ministro. Assumiu o cargo o presidente do BNDES, Guido Mantega. Cairam também Jorge Mattoso, que foi indiciado pela Polícia Federal, além de parte do segundo escalão do ministério.

20/10/2010

A 3 faces de José Dirceu


A primeira delas é o seu nome de batismo, José Dirceu de Oliveira e Silva, nome pomposo que bem poderia nomear um herói. Muito menos que isso, nomeia um nefando terrorista e um dos maiores criminosos da História recente do Brasil.

A segunda é a do "companheiro" Daniel, desde cedo traidor da pátria e fiel seguidor do facínora Carlos Marighela, aquele mesmo que Lula, muito recentemente, rotulou de herói. Daniel logo descambou para a subversão, até ser preso em um congresso estudantil ilegal. Recuperou a liberdade ao ser banido do território nacional na troca por um embaixador norte-americano, seqüestrado por terroristas. O terror era a sua causa e o crime a sua vocação. Por eles fez cursos de guerrilha em Cuba, onde estabeleceu fortes laços de cumplicidade com o assassino Fidel Castro e formou nova quadrilha de malfeitores políticos, o Movimento de Libertação Popular (MOLIPO), de curta duração e de triste destino.

A terceira é de Carlos Henrique Gouveia de Melo - o mesmo "companheiro" Daniel - na sua volta clandestina ao Brasil. Sob essa face, estabeleceu-se em Cruzeiro do Oeste/PR, iludiu uma pobre-rica mulher e com ela se casou, assim aumentando um pouco mais a sua extensa folha-corrida criminal.

A tão falada anistia, que a esquerda hoje tanto tenta invalidar para o lado que a venceu na luta armada, libertou Carlos Henrique da sua máscara e do seu casamento ilegal, com o quê ressurgiu das cinzas a pior face de um canalha.


Trecho do texto de Paulo Carvalho Espíndola

18/10/2010

Ano 2002 - Campanha de Lula recebeu dinheiro de Cuba

 
A grande interrogação ainda não respondida sobre o escândalo que flagrou o governo e o PT num enorme esquema de corrupção é a seguinte: afinal, de onde veio o dinheiro que abasteceu o caixa dois do partido? Essa é a pergunta que intriga as comissões parlamentares de inquérito e as investigações policiais. Pode ser que os recursos clandestinos do PT tenham vindo de uma única fonte, mas o mais provável, dada a fartura do dinheiro, é que tenham origem em várias fontes. Uma investigação de VEJA, iniciada há quatro semanas, indica que uma das fontes foi Cuba. Sim, a ilha de Fidel Castro, onde o dinheiro é escasso até para colocar porta ou filtro de água nas escolas, despachou uma montanha de dólares para ajudar na campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva. A apuração de VEJA descobriu que:
 
• Entre agosto e setembro de 2002, o comitê eleitoral de Lula recebeu 3 milhões de dólares vindos de Cuba. Ao chegar a Brasília, por meios que VEJA não conseguiu identificar, o dinheiro ficou sob os cuidados de Sérgio Cervantes, um cubano que já serviu como diplomata de seu país no Rio de Janeiro e em Brasília.
 
• De Brasília, o dinheiro foi levado para Campinas, a bordo de um avião Seneca, acondicionado em três caixa de bebida. Eram duas caixas de uísque Johnnie Walker, uma do tipo Red Label e outra de Black Label, e uma terceira caixa de rum cubano, o Havana Club. Quem levou o dinheiro foi Vladimir Poleto, um economista e ex-auxiliar de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto.
 
• Em Campinas, o dinheiro foi apanhado no Aeroporto de Viracopos por Ralf Barquete, também ex-auxiliar de Palocci em Ribeirão Preto. Barquete chegou a bordo de um automóvel Omega preto, blindado, dirigido por Éder Eustáquio Soares Macedo. De Viracopos, o carro foi para São Paulo, para deixar as caixas no comitê de Lula na Vila Mariana, Zona Sul da capital paulista, aos cuidados do então tesoureiro Delúbio Soares.

Fonte: Revista Veja

17/10/2010

Ano 2002 - O Caso Celso Daniel


Muitos integrantes da família do prefeito morto acreditam na hipótese de crime político. Segundo o irmão de Celso Daniel, o oftalmologista João Francisco Daniel, o prefeito morreu porque detinha um dossiê sobre corrupção na prefeitura de Santo André. Tal hipótese é questionada por muitos, uma vez que João Francisco, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), fazia oposição a seu irmão, com quem era rompido pessoal e politicamente.

João alega que seu irmão Celso Daniel, quando era prefeito de Santo André, sabia e era conivente de um esquema de corrupção na prefeitura, que servia para desviar dinheiro para o Partido dos Trabalhadores (PT). O suposto esquema de corrupção envolvia integrantes do governo municipal e empresários do setor de transportes e contava ainda com a participação de José Dirceu. Empresários de ônibus da região do ABC Paulista, como a família Gabrilli, controladora da Viação São José/Expresso Guarará, confirmou que Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, coletava mensalmente uma propina das empresas, com valores que variavam entre R$ 40 mil a R$ 120 mil. Ainda de acordo com estas denúncias, as empresas que participavam do suposto esquema seriam beneficiadas em Santo André. Para se ter uma idéia das denúncias, a filha do dono da Viação São José/Expresso Guarará, Ângela Gabrilli, contou em depoimento ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Santo André, e à CPI da Câmara Municipal de Santo André, realizada logo após a morte de Celso Daniel, que a Viação Padroeira, que supostamente participava do apontado esquema, ganhou a concessão de uma linha, a B 47 R (Jardim Santo André/Terminal Santo André Oeste), prejudicando a Viação São José que mantinha uma linha com itinerário semelhante. A linha da Viação Padroeira acabou fazendo com que a São José extinguisse a linha mais antiga, a T 45 (Vila Suíça/Estação de Santo André) e entrasse em prejuízo. Até então, a Viação São José não participava do suposto esquema. Os acusados negam as denúncias e vêm se defendendo nos fóruns apropriados.

Ainda segundo depoimento do irmão de Celso, João Francisco Daniel, algumas pessoas começaram a desviar para suas contas pessoais o dinheiro, que por sua vez já era desviado ilegalmente para o PT. Celso Daniel descobriu isso e preparou um dossiê, que teria desaparecido após seu assassinato.

O presidiário José Felício, conhecido como "Geleião", disse à polícia ter ouvido falar sobre o suposto dossiê de Celso Daniel e de uma suposta ameaça de morte. O empresário Sérgio Gomes da Silva (o "Sombra"), que dirigia o carro em que viajava o prefeito na noite do seqüestro, foi indiciado pelo Ministério Público de São Paulo, acusado de ser o mandante do assassinato do prefeito. De acordo com o Ministério Público foi Sombra quem ordenou a morte do prefeito para que um suposto esquema de corrupção na prefeitura de Santo André não fosse descoberto. Sombra está preso e nega qualquer participação na morte do prefeito.
Os promotores Roberto Wider Filho e Amaro José Tomé, do Gaeco do Ministério Público de Santo André, pediram em 2005, a reabertura das investigações policiais. Por ordem do Secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, o caso foi encaminhado para a delegada Elisabete Sato, então titular do Distrito Policial de número 78, nos Jardins. Os promotores pediram que o caso não fosse encaminhado novamente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil paulista, que já havia concluído pela tese de crime comum. Mesmo após a reabertura das investigações, o delegado-geral da época, Marco Antônio Desgualdo, declarou acreditar na tese de crime comum, o que é negado veementemente pelos promotores e pelos familiares de Celso Daniel.

Um segundo inquérito, conduzido novamente por Elizabete Sato, indicada pelo então secretário Saulo de Abreu, aberto no segundo semestre de 2005, novamente levou à tese de crime comum. O inquérito, com data de 26 de Setembro de 2006, é anterior ao primeiro turno das eleições presidenciais. Sua repercussão na mídia só se deu no final de novembro de 2006.

A delegada titular do 78° DP Elizabete Sato encaminhou à Justiça e ao Ministério Público relatório de cinco páginas sobre o caso. A conclusão da investigação foi que o crime não teve motivações políticas.

O caso foi reaberto em 2005, em meio ao turbilhão da CPMI dos Bingos (a "CPI do Fim do Mundo") que investigava tudo e qualquer coisa sem conseguir nada de fato. Elizabete foi escalada pela Secretaria da Segurança para apurar denúncias dos irmãos desafetos do prefeito, João Francisco e Bruno.

A delegada ouviu os sete pistoleiros presos sob acusação de terem sido os executores do prefeito. Novamente confessaram o crime. A novidade foi um dos acusados ter admitido a autoria dos sete disparos que vitimaram o prefeito. L. S. N., o Lalo, à época do crime com 15 anos, diz ter atirado 'por mando e coação' de José Edson da Silva, o Zé Edson, "este sim o principal executor do crime e indivíduo que exala violência e descomprometimento com a vida humana", segundo o relatório.

 Sérgio Chefe e o ex-vereador Klinger Souza (PT), acusados de comandar uma quadrilha de distribuição de propinas na cidade, não foram reconvocados por não haver elementos novos a serem perguntados e para "não transformar a investigação em um acontecimento político".